Samus Aran retorna para salvar um planeta da extinção |
Metroid Prime 2: Echoes é exatamente isso, uma sequência do Metroid Prime original.
Não se sabe quanto tempo se passou desde que Samus Aran, a eterna protagonista de Metroid, derrotou os Piratas e Metroid Prime em Tallon IV, mas muito dessa história é mencionada.
Desta vez, Aether é o palco dos acontecimentos, onde uma nave de fuzileiros da Federação Galática pousou depois de encontrar uma fragata de Space Pirates e parou de fazer contato misteriosamente.
Por ter uma bela recompensa para quem descobrir o que aconteceu, a caçadora (movida também pelo seu senso de justiça) seguiu para o planeta. Lá, ela de fato encontra os fuzileiros, todos mortos, graças à ação de uma raça misteriosa chamada Ing, que passou a dominar o planeta em acontecimentos mais recentes. Samus acaba por encontrar um indivíduo de uma raça quase extinta, um Luminoth, que vem guerreando com os Ing nos últimos séculos. Guiada por ele, Samus se encontra no meio de uma guerra dentre os Luminoth e os Ing, na qual ela deve viajar não só pelo planeta, mas também pelas dimensões do planeta, para que possa salvar um dos dois lados do arruinado planeta Aether.
Diferente dos ambientes cheios de vida encontrados em Tallon IV, a sensação que se tem ao andar por Aether é de algo destruído e arruinado, dominado pela guerra, o que, de fato, foi o que aconteceu. Cada local tem um toque de ruína, de abandono, o que ajuda e muito para que a atmosfera seja, em seu geral, sombria. Mas não são só as estruturas e arquiteturas do jogo que criam essa sensação. Assim como em Metroid Prime, existe uma parcela grande de história escondida em relatórios, escritos e até testamentos espalhados pelo planeta, mas, diferente deste, muitos destes relatórios não estão em centros de pesquisa, e sim, em cadáveres e outros locais arruinados. Como foi dito, a atmosfera sombria não dá descanso.
Mas isso é só uma parte do iceberg. Essa citada é apenas a dimensão "Light World" do jogo. Assim como em The Legend of Zelda: A Link to the Past (SNES), Metroid Prime 2 possui duas dimensões a serem exploradas. Uma é um tipo de mundo da luz (Luminoth), e a outra é um mundo das trevas (Ing). Se a versão do mundo da luz já tem seu toque sombrio, a versão do mundo das trevas dá um quê quase demoníaco e infernal.
Até mesmo o ar de Dark Aether (como é chamado no jogo) retira sua energia e, se você não possuir os equipamentos necessários, poucos segundos e Samus morrerá; no entanto existem "bolhas" de luz que lhe permite recuperar a energia perdida, sendo a única coisa que vai lhe ajudar efetivamente pelo resto do jogo. A sensação de andar por Dark Aether é de constante frustração, não só por causa da atmosfera (como se ela não fosse o bastante), mas também porque muitos inimigos poderosos (sejam versões mais poderosas dos encontrados em Light Aether, ou os Ing's) estão à espreita. Isso sem contar com os terríveis e longos chefes nos quais estratégias muito bem boladas são necessárias para se prosseguir.
Com esta mera explicação, já se deve notar o quão difícil Prime 2 é, sendo mais até do que seu antecessor. No entanto, ouso dizer que vale à pena arriscar-se, pois o que o jogo tem de difícil, tem de satisfatório.
Tudo é muito parecido com o que foi visto em Prime, mas ainda tem um quê único |
Agora, claro que existem novidades. Os tipos de tiros que podem ser atirados (conhecidos como Beams) circulam no padrão de Luz e Trevas, sendo cada um necessário para abrir certas portas, e um pode ser mais efetivo do que o outro, dependendo do inimigo, claro.
Um ponto que pode causar estranheza em muitos fãs é que esses Beams possuem um dado número de munição. Cada tiro conta, e isso aumenta drasticamente a dificuldade. Não que eles sejam difíceis de se conseguir, mas se acabarem em uma má hora, a coisa fica feia.
Com isso, podemos seguir à dificuldade propriamente dita. O que foi citado anteriormente já deu uma ideia gigantesca, portanto, farei uma breve síntese. Além da munição e da indicação de um mundo que, literalmente, odeia você, Prime 2 ainda possui uma enorme diversidade de inimigos extremamente poderosos, cuja boa maioria é capaz de atacar à distância. Isso sem contar com alguns Space Pirates, que possuem a capacidade de se teleportar para qualquer lugar enquanto lhe bombardeiam com ataques poderosíssimos.
Cada chefe é um desafio grande, sem excessões... |
Talvez o mais icônico dos chefes seja Dark Samus, uma versão negra da armadura de Samus. As batalhas com ela são as mais interessantes e estão a um nível muito bom de dificuldade.
Um novo ponto é que cada chefe possui um visual incrível, parecendo sair de filmes de terror, o que acaba caindo muito bem à atmosfera. Um bom exemplo seria o Grapple Guardian, inimigo mostrado na imagem. Outra porção incrível a ser explicada é a de detalhes: e isso não se aplica somente aos chefes, muitos inimigos possuem uma quantidade alta de detalhes, cada uma explicitando partes do corpo como garras, falhas na pele, dentre outros.
Nisso é possível falar do poderio gráfico do jogo, tão bom quanto o de seu antecessor, mas com algumas melhoras, sendo estas justamente nos detalhes. Um bom exemplo é a armadura de Samus, com uma gama de cores mais poderosas do que no seu antecessor, junto à melhoria de poder ver os olhos da caçadora através do visor, dentre outros detalhes.
Para fechar, o que falta é a trilha e os efeitos sonoros. Assim como no Prime original, as músicas de Prime 2 não deixam a decepcionar, seguindo a mistura de estilo techno com um estilo um tanto orquestrado. No entanto, elas não são tão revolucionárias quanto as de seu antecessor. Quanto aos efeitos sonoros, estes estão bem melhores, com som dos passos em terra, água, além dos rugidos de diversas criaturas.
No fim, Prime 2 consegue ser tão envolvente e incrível quanto seu antecessor sendo uma ótima aquisição a qualquer coleção de videogames.
Ficha:
Gráficos: 10.0/10.0
Efeitos Sonoros: 10.0/10.0
Trilha Sonora: 9.5/10.0
Controles: 9.5/10.0
Nota geral: 9.75
Originalidade: 80%
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